quarta-feira, 25 de julho de 2012

Valorização dos imóveis no DF nos últimos 12 meses


Levantamento feito pelo portal WImóveis mostra valorização dos imóveis no DF

ummercadodevantagens
Levantamento exclusivo feito pela Revista WImóveis revela aumento no valor do metro quadrado em 12 meses. No geral, valorização foi de 10,42% para os imóveis em construção e de 12,87% para imóveis prontos. Águas Claras, para os imóveis em construção, e Asa Sul, para os prontos, registraram o maior crescimento 
Rafael Fontana e Amanda Rodrigues
Investir em imóveis na capital do Brasil continua sendo um negócio vantajoso, segundo levantamento exclusivo feito pela Revista WImóveis. De acordo com estatísticas coletadas no Portal WImóveis.com, que reúne mensalmente informações completas de mais de 50.000 imóveis para venda e locação no Distrito Federal, o valor do metro quadrado no primeiro semestre de 2012, em comparação com igual período do ano passado, subiu em média dois dígitos. No geral, o m2 dos imóveis em construção valorizou 10,42%, e dos imóveis prontos, 12,87%.
São números robustos, que justificam o otimismo do mercado imobiliário, principalmente quando é considerado o rendimento das aplicações bancárias, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e a queda nas taxas de juros. No levantamento anterior apresentado pela Revista WImóveis, a valorização do m2 no primeiro semestre de 2011, comparada ao de 2010, foi de 19,58% para imóveis em construção e de 19,42% para os prontos.
Mesmo com a desaceleração observada em 2012, o investimento em imóvel supera todas as demais aplicações, ficando atrás apenas do ouro, que valorizou 15,9% em 2011. A pesquisa apresentada nessas páginas cruzou informações de dezenas de milhares de imóveis distribuídos por todo o Distrito Federal . Ao final, o levantamento estabeleceu 23 tipologias para os imóveis em construção e 53 para os prontos, incluindo apartamentos, casas, salas comerciais e flats de diferentes tamanhos e localidades.
Em alguns segmentos e regiões específicas, como as salas comerciais de Águas Claras, por exemplo, a valorização chegou a impressionantes 37% (veja números nos quadros apresentados nesta matéria). Além das salas comerciais, também tiveram destaque no ranking de valorização as quitinetes e apart hotel, reflexo claro da demanda decorrente da realização dos grandes eventos esportivos em 2013 e 2014 na cidade: a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, respectivamente.
Com a queda dos juros básicos a 8%, anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) no dia 11 de julho, o Brasil atingiu o menor patamar histórico da taxa Selic. Com isso, os negócios imobiliários ficam ainda mais vantajosos, já que os rendimentos bancários tendem a reduzir os ganhos, enquanto os prazos e facilidades de crédito para adquirir um imóvel atrairão novos compradores.
“Mesmo que a valorização dos imóveis não esteja acompanhando as altas históricas dos últimos anos, ainda é um segmento mais interessante que outros investimentos”, afirma o diretor da Ação Dall’Oca Imóveis, Tarik Faraj. “Se a pessoa comprar para investir, tem a rentabilidade do aluguel. O risco de perder dinheiro com a compra de imóveis é muito pequeno, praticamente inexistente”, diz.
De acordo com Faraj, os imóveis de alto padrão, principal foco da Ação Dall’Occa, passaram imunes a qualquer movimento de retração do mercado. As negociações, segundo o executivo, expandiram 21% no primeiro semestre de 2012 em relação ao primeiro semestre de 2011.
Expansão
A Revista WImóveis pesquisou imóveis em construção e prontos em mais de 20 regiões administrativas, reunindo diferentes tipologias, sempre comparando o primeiro semestre de 2012 com os seis primeiros meses de 2011. Apenas um bairro apresentou redução no valor do metro quadrado: o Setor Noroeste, que recuou 2,11%. O índice, no entanto, está dentro da margem de erro da pesquisa, de 2% para mais ou para menos.
Para o mercado, por se tratar de um bairro inteiro em construção, está havendo ajustes naturais, já que o metro quadrado do Setor Noroeste havia se tornado um dos mais caros do Brasil em 2011, chegando a R$ 10.560, e passou para R$ 10.337 em 2012.
Mais caros
Os metros quadrados mais caros do Distrito Federal e, por consequência, do Brasil estão concentrados no Plano Piloto e nos Setores Sudoeste e Noroeste. O campeão do ranking é o metro quadrado em construção da sala comercial na Asa Norte, ofertado, na média, a R$ 13.330, seguido de flat (apart hotel) em construção no mesmo bairro, cotado a R$ 12.258.
Entre os apartamentos prontos, nenhum bairro do DF supera o Sudoeste. Cada metro quadrado aparece ofertado no Portal WImóveis por um valor médio de R$ 10.086, deixando a Asa Sul em segundo lugar, com o metro quadrado valendo, em média, R$ 8.494.
Já as casas prontas mais caras ficam no Lago Sul. Lá, cada metro quadrado de uma casa de quatro quartos sai por R$ 4.360, à frente dos R$ 3.928 do Lago Norte. O Guará aparece em seguida, quase empatado com o Lago Norte. No Guará, as casas prontas de três quartos estão ofertadas a R$ 3.830 o metro quadrado.
Maior valorização
Nem sempre o metro quadrado mais caro é o que mais se valoriza. Na comparação entre os primeiros semestres de 2011 e 2012 em Brasília, essa regra é, na realidade, pouco aplicada. Normalmente, os bairros mais baratos são aqueles que ainda possuem fartas áreas disponíveis e, à medida que são ocupadas, o valor sobe em uma velocidade superior à verificada em bairros saturados.
Nessa comparação entre semestres de 2011 e 2012, nenhum imóvel valorizou tanto quanto o metro quadrado da sala comercial pronta em Águas Claras: 37,6%. O segundo colocado foi o m2 pronto de apart hotel (flat) na Asa Sul, com incremento de 36,3%. Para efeito de comparação, basta lembrar que o ouro rendeu 15,9% em 2011, superando todas as demais aplicações no Brasil no período.
Entre os apartamentos prontos, a maior variação positiva foi registrada no Guará, cidade satélite próxima ao Plano Piloto, com ganho de 19,9% no metro quadrado, seguido de Riacho Fundo e Gama, praticamente empatados, com valorização de 17,9%.
Já os apartamentos em construção em Taguatinga garantiram o maior aumento de preço no metro quadrado, marcando 20,5%, deixando Águas Claras na segunda posição, com 15,3% de valorização.
Quanto às casas prontas, o m2 de maior valorização foi do Park Way, que obteve forte expansão, passando de R$ 2.600 para R$ 3.100, com alta de 19,2%. As casas de quatro quartos do Lago Sul subiram 17,5%. Em terceiro lugar, aparece o metro quadrado das casas de quatro dormitórios no Guará, que valorizaram 16,3%.
Retomada
Após um primeiro semestre de cautela e acomodações dos investimentos, o Brasil deverá retomar paulatinamente sua trajetória de aceleração de crescimento econômico neste segundo semestre. O mercado imobiliário, por oferecer alta segurança e rentabilidade, será beneficiado com o retorno dos investidores.
A queda dos juros bancários, a alta do dólar, o aumento dos prazos de financiamento imobiliário e os incentivos do governo para a compra de moradias levará a um aquecimento do setor de construção e imóveis. A retomada já começou a ser sentida em junho e julho, segundo os cartórios de registros de imóveis do DF.
Mesmo em um período de cautela, os números da valorização do metro quadrado no Distrito Federal deixam claro que o consumidor confia neste mercado. A população continua interessada em adquirir seu imóvel próprio, enquanto os investidores enxergam no mercado do DF e Entorno uma fonte segura de rentabilidade.
Independentemente da velocidade de valorização, o comprador tem a certeza de que o dinheiro investido no mercado imobiliário do Distrito Federal sempre terá retorno.
Fonte: Revista Wimóveis

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